BIM - Building Information Modelling
O BIM é uma metodologia de partilha da informação e de comunicação entre todos os intervenientes e durante todas as fases do ciclo de vida de uma construção que se apoia num modelo digital, acessível por software o qual permite a manipulação virtual dessa mesma construção.
A NOSSA VISÃO
Diversos estudos evidenciam a baixa produtividade da indústria AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) face aos outros setores. Para a superar, aponta-se para a urgência da digitalização da construção. Esta transformação exige mudanças culturais e de processos, assentes na integração de ferramentas colaborativas como o BIM (Building Information Modelling ou Modelo de Informação da Construção), capazes de aumentar a produtividade, suportar a automação e permitir decisões mais assertivas e fundamentadas em todo o ciclo de vida das construções. Na Lisboa SRU, acreditamos que inovar é encontrar soluções para transformar a cidade com maior eficiência e transparência. Foi com este espírito de missão que decidimos ser pioneiros na contratação pública com suporte BIM. Desde 2023, demos início a uma mudança estrutural na forma como contratamos, gerimos e executamos as intervenções sob nossa responsabilidade. Para concretizar esta mudança, contamos com uma equipa experiente e dedicada à digitalização da construção, especializada em contratação pública e reconhecida competência na metodologia BIM. Esta implementação implica alinhar os objetivos estratégicos da empresa com a definição de novos processos de trabalho, sustentados por um planeamento e controlo permanente e rigoroso. Desta forma, melhoramos a nossa estratégia em gestão urbana, assumindo o reforço do nosso compromisso com a sustentabilidade, a qualidade e a reabilitação urbana, colocando a inovação ao serviço de uma Lisboa mais preparada para o futuro.
CONCEITO E VANTAGENS
O BIM é uma metodologia de partilha da informação e de comunicação entre todos os intervenientes e durante todas as fases do ciclo de vida de uma construção que se apoia num modelo digital, acessível por software o qual permite a manipulação virtual dessa mesma construção. Vantagens O BIM oferece vantagens significativas em todas as fases do projeto, obra e operação. Permite um planeamento mais eficaz e um controlo de custos preciso desde a conceção, antecipando e mitigando riscos financeiros. A coordenação entre especialidades é drasticamente melhorada, reduzindo erros, conflitos e impactos ambientais, o que, por sua vez, promove uma maior transparência e sustentabilidade em todo o ciclo de vida do ativo.
CDE E OPEN BIM
É no CDE (Common Data Environment ou Ambiente Comum de Dados) onde toda a informação do projeto é centralizada, organizada e partilhada em tempo real. É nesta plataforma digital colaborativa que todos os intervenientes, desde as equipas de arquitetura e engenharia até à revisão, fiscalização e obra, acedem, partilham e validam modelos e documentos de forma controlada e segura. Desta forma, garantimos que toda a equipa trabalha a partir de uma única fonte de informação, sempre atualizada. Este é um apeto fundamental para reduzir erros, melhorar a coordenação entre especialidades e assegurar a total rastreabilidade de cada decisão ao longo de todo o ciclo de vida do ativo. Ao promover a transparência, o CDE facilita auditorias futuras e reforça a confiança no processo. Cabe à Lisboa SRU a responsabilidade pela criação, configuração e manutenção do CDE. Este trabalho inclui tarefas como a definição das estruturas de pastas, a gestão e controlo de acessos e a elaboração de protocolos de utilização, assegurando a conformidade com os padrões internos da SRU e as melhores práticas internacionais de BIM, conforme a norma EN ISO 19650.
COMPETÊNCIAS E FORMAÇÃO
A Lisboa SRU pretende associar-se a equipas qualificadas que assegurem as boas práticas de implementação da metodologia BIM, em conformidade com os Requisitos de Troca de Informação (EIR) e com os padrões de qualidade e de eficiência exigidos nos seus projetos e obras. Neste contexto, a experiência profissional e a formação académica e/ou profissional do Gestor BIM são consideradas essenciais. A. Experiência mínima exigida ao Gestor BIM: Contratação de projeto: - Experiência em 1 (um) a 3 (três) projetos de execução realizados com base em Plano de Execução BIM (BEP), nos últimos 10 anos; - O valor acumulado desses projetos deve corresponder a pelo menos 50% do valor do projeto a contratar. Contratação de empreitada: - Experiência em 1 (uma) a 3 (três) obras realizadas com base em Plano de Execução BIM (BEP), nos últimos 10 anos; - O valor acumulado dessas obras deve corresponder a pelo menos 50% do valor da empreitada a contratar. B. Formação mínima exigida ao Gestor BIM: - 80 horas de formação no âmbito de processos colaborativos BIM (excluindo as formações contendo exclusivamente conteúdos relativos a plataformas de modelação); - O programa de formação deve abranger, como referência, no mínimo, os pontos 1 a 4 do referencial “Foundation” da buildingSMART; - No caso de formações organizadas em créditos ECTS, deverá ser considerado um fator de conversão de 28 horas por cada crédito. BIM para operação e manutenção A fase de operação de um edifício representa tipicamente mais de metade dos custos do seu ciclo de vida, superando o investimento inicial da conceção e construção. Para tornar esta fase mais eficiente, é fundamental apostar em sistemas inteligentes que permitam a monitorização contínua do desempenho da construção. Nesta perspetiva, o BIM assume um papel decisivo. O modelo digital desenvolvido ao longo do projeto e da obra, designado por “As Built”, pode ser enriquecido com toda a informação necessária para a gestão do ativo. Ao ser entregue à entidade responsável pela sua operação e manutenção, como é o caso da Câmara Municipal de Lisboa, este modelo transforma-se numa ferramenta poderosa, permitindo otimizar consumos energéticos, planear ações de manutenção de forma proativa e garantir o conforto dos utilizadores, assegurando uma operação mais inteligente, económica e sustentável a longo prazo.
FAQ´s
1. Qual o CDE utilizado pela Lisboa SRU? A plataforma colaborativa a utilizar na elaboração dos projetos suportados pela metodologia BIM é o Autodesk Construction Cloud (ACC), mais especificamente o módulo DOCS. 2. É suficiente dispor apenas de uma equipa de gestão BIM para assegurar a execução de um projeto suportado por BIM, como se se tratasse de uma especialidade autónoma? Não. Ter apenas uma equipa de gestão BIM não garante, por si só, a execução de um projeto com suporte BIM. O BIM é uma metodologia colaborativa que exige a participação ativa de todos os intervenientes, desde os decisores estratégicos ao mais alto nível e projetistas até aos fiscais e construtores, cada um com conhecimentos adequados da metodologia e das ferramentas associadas. A equipa de gestão BIM tem o papel de estruturar, coordenar e monitorizar a aplicação do processo, mas o sucesso da sua implementação depende do envolvimento informado e competente de todas as disciplinas. 3. Onde é possível obter a formação necessária para atender às exigências BIM definidas pela Lisboa SRU na elaboração de projetos com suporte BIM? Para efeitos de cumprimento das exigências de formação no âmbito dos concursos públicos de projeto e empreitadas, existem diversas entidades, quer públicas, quer privadas (designadamente, instituições de ensino, Ordens Profissionais, entidades formativas), que promovem formação com os conteúdos pretendidos. O número mínimo de horas exigido pode ser cumprido através da frequência de uma única ação de formação ou da combinação de várias formações complementares, desde que, no seu conjunto, satisfaçam os requisitos definidos nos cadernos de encargos dos concursos. 4. O que são os EIR (Requisitos de Troca de Informação)? Os Requisitos de Troca de Informação (EIR) constituem um documento fundamental, desenvolvido pela Lisboa SRU e integrado nas peças de concurso, que estabelece o enquadramento para a gestão da informação ao longo do ciclo de vida do ativo, em conformidade com a série de normas ISO 19650. Incluído em anexo ao Caderno de Encargos, este documento especifica o quê, quando, como e para quem a informação BIM deve ser produzida e entregue. Os EIR agregam e detalham os requisitos de informação relacionados com os objetivos organizacionais (OIR - Organizational Information Requirements), requisitos de alto nível, alinhados com os objetivos estratégicos da SRU que visam conciliar a preservação patrimonial com o rigor no cumprimento das normas técnicas e a promoção da sustentabilidade a longo prazo, e os Requisitos de informação relacionados com o desenvolvimento de um ativo (PIR - Project Information Requirements), requisitos específicos do projeto, que derivam dos OIR e definem a informação necessária para atingir os objetivos desta intervenção em particular. 5. O que é o Plano de Execução BIM (BEP)? Documento desenvolvido pelo Cocontratante, onde é demonstrado como são cumpridos os Requisitos de Troca de Informação (EIR) definidos pela Lisboa SRU. O BEP é desenvolvido na primeira fase de execução do projeto ou da obra e pretende demostrar a capacidade da equipa e a metodologia que será adotada para garantir que a informação requerida é produzida, com a qualidade exigida, no momento certo e pelo custo correto. 6. Em que consistem os conteúdos do programa da formação BIM exigidos, nomeadamente, os pontos 1 a 4 do referencial “Foundation” da buildingSMART. O programa de formação BIM de referência da Lisboa SRU está alinhado com os quatro pontos fundamentais do referencial “Foundation” da buildingSMART. Estes conteúdos, de carácter introdutório, mas essenciais, asseguram uma base de conhecimento comum e abrangem os seguintes temas: 1. Compreender a definição, a terminologia-chave e os benefícios do BIM; 2. Reconhecer as vantagens do BIM em comparação com os métodos tradicionais de execução de projetos; 3. Compreender a gestão da informação em projetos com suporte BIM, de acordo com a série ISO 19650; 4. Reconhecer a necessidade de soluções abertas e interoperáveis. *https://education.buildingsmart.org/foundation/ g) Como pode ser demonstrada a formação académica e/ou profissional do Gestor BIM, requerida nos concursos da SRU? A qualificação do Gestor BIM deve ser comprovada através da apresentação de documentação que ateste a conclusão da formação relevante e detalhe o seu conteúdo. São considerados como documentos válidos para este efeito: - Certificado de formação profissional, com a respetiva carga horária e elenco dos conteúdos programáticos lecionados; - Certificado de habilitações académicas (licenciatura, mestrado ou pós-graduação), acompanhado do plano de estudos que detalhe as unidades curriculares concluídas relevantes para a função; - No caso de formações organizadas em créditos ECTS, aplica-se um fator de conversão de 28 horas por cada crédito para aferição da carga horária.
2. É suficiente dispor apenas de uma equipa de gestão BIM para assegurar a execução de um projeto suportado por BIM, como se se tratasse de uma especialidade autónoma? Não. Ter apenas uma equipa de gestão BIM não garante, por si só, a execução de um projeto com suporte BIM. O BIM é uma metodologia colaborativa que exige a participação ativa de todos os intervenientes, desde os decisores estratégicos ao mais alto nível e projetistas até aos fiscais e construtores, cada um com conhecimentos adequados da metodologia e das ferramentas associadas. A equipa de gestão BIM tem o papel de estruturar, coordenar e monitorizar a aplicação do processo, mas o sucesso da sua implementação depende do envolvimento informado e competente de todas as disciplinas.
3. Onde é possível obter a formação necessária para atender às exigências BIM definidas pela Lisboa SRU na elaboração de projetos com suporte BIM? Para efeitos de cumprimento das exigências de formação no âmbito dos concursos públicos de projeto e empreitadas, existem diversas entidades, quer públicas, quer privadas (designadamente, instituições de ensino, Ordens Profissionais, entidades formativas), que promovem formação com os conteúdos pretendidos. O número mínimo de horas exigido pode ser cumprido através da frequência de uma única ação de formação ou da combinação de várias formações complementares, desde que, no seu conjunto, satisfaçam os requisitos definidos nos cadernos de encargos dos concursos.
4. O que são os EIR (Requisitos de Troca de Informação)? Os Requisitos de Troca de Informação (EIR) constituem um documento fundamental, desenvolvido pela Lisboa SRU e integrado nas peças de concurso, que estabelece o enquadramento para a gestão da informação ao longo do ciclo de vida do ativo, em conformidade com a série de normas ISO 19650. Incluído em anexo ao Caderno de Encargos, este documento especifica o quê, quando, como e para quem a informação BIM deve ser produzida e entregue. Os EIR agregam e detalham os requisitos de informação relacionados com os objetivos organizacionais (OIR - Organizational Information Requirements), requisitos de alto nível, alinhados com os objetivos estratégicos da SRU que visam conciliar a preservação patrimonial com o rigor no cumprimento das normas técnicas e a promoção da sustentabilidade a longo prazo, e os Requisitos de informação relacionados com o desenvolvimento de um ativo (PIR - Project Information Requirements), requisitos específicos do projeto, que derivam dos OIR e definem a informação necessária para atingir os objetivos desta intervenção em particular.
5. O que é o Plano de Execução BIM (BEP)? Documento desenvolvido pelo Cocontratante, onde é demonstrado como são cumpridos os Requisitos de Troca de Informação (EIR) definidos pela Lisboa SRU. O BEP é desenvolvido na primeira fase de execução do projeto ou da obra e pretende demostrar a capacidade da equipa e a metodologia que será adotada para garantir que a informação requerida é produzida, com a qualidade exigida, no momento certo e pelo custo correto.
6. Em que consistem os conteúdos do programa da formação BIM exigidos, nomeadamente, os pontos 1 a 4 do referencial “Foundation” da buildingSMART? O programa de formação BIM de referência da Lisboa SRU está alinhado com os quatro pontos fundamentais do referencial “Foundation” da buildingSMART. Estes conteúdos, de carácter introdutório, mas essenciais, asseguram uma base de conhecimento comum e abrangem os seguintes temas: 1. Compreender a definição, a terminologia-chave e os benefícios do BIM; 2. Reconhecer as vantagens do BIM em comparação com os métodos tradicionais de execução de projetos; 3. Compreender a gestão da informação em projetos com suporte BIM, de acordo com a série ISO 19650; 4. Reconhecer a necessidade de soluções abertas e interoperáveis. *https://education.buildingsmart.org/foundation/ g) Como pode ser demonstrada a formação académica e/ou profissional do Gestor BIM, requerida nos concursos da SRU? A qualificação do Gestor BIM deve ser comprovada através da apresentação de documentação que ateste a conclusão da formação relevante e detalhe o seu conteúdo. São considerados como documentos válidos para este efeito: - Certificado de formação profissional, com a respetiva carga horária e elenco dos conteúdos programáticos lecionados; - Certificado de habilitações académicas (licenciatura, mestrado ou pós-graduação), acompanhado do plano de estudos que detalhe as unidades curriculares concluídas relevantes para a função; - No caso de formações organizadas em créditos ECTS, aplica-se um fator de conversão de 28 horas por cada crédito para aferição da carga horária.
